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Werke – Band 2: Gedichte 1951-1970

Autora: Nelly Sachs
Título: Nelly Sachs Werke – Band 2: Gedichte 1951-1970 [Obras de Nelly Sachs – Volume 1: Poesia 1951-1970] (Org. Ariane Huml e Matthias Weichelt [edição comentada em quatro volumes. Org. Aris Fioretos])
Local de publicação: Berlim
Editora: Suhrkamp
Ano de publicação: 2010
Número de páginas: 426
Palavras-chave: poesia do Holocausto; literatura do Holocausto


Índice

Poesia Publicada 1954-1971
     E Ninguém Sabe Mais Além (1957)
     Período «E Ninguém Sabe Mais Além»
     Fuga e Transfiguração
     Período «Fuga e Transfiguração»
     Viagem para o País sem Poeira
     Ainda Morte Celebra a Vida
     Enigmas em Brasa I-IV
     A Que Procura
     Abre-te Noite

Poesia Inédita  1951-1970
     Período «E Ninguém Sabe Mais Além»
     Período «Fuga e Transfiguração»
     Período «Viagem para o País sem Poeira»
     Período «Enigmas em Brasa»
     Período «Abre-te Noite»

Apêndice
     Comentários
     Abreviaturas, siglas e títulos abreviados
     Índice de títulos e início dos poemas


Sinopse

Este segundo volume da obra completa de Nelly Sachs reúne a poesia escrita entre 1951 e 1970. A morte da sua mãe, em 1950, é mais um episódio traumático e, pela primeira vez na vida, agora com quase com 60 anos, passa a viver sozinha. Os processos de publicação anteriores e a receção que obteve constituem episódios complexos e Nelly Sachs, ainda sem o reconhecimento que viria a ter, tem dificuldade em encontrar editora para um novo volume de poemas. Só em 1957 é publicado E Ninguém Sabe Mais Além [Und niemand weiß weiter] e, dois anos depois, Fuga e Transfiguração [Flucht und Verwandlung]. Com alguma continuidade temática e imagética face aos livros anteriores, é dada aqui ênfase à fuga para o exílio e a uma transformação que é, muitas vezes, impulsionada pela morte. É a partir deste período que a sua poesia começa a ganhar maior destaque, primeiro na RFA, com a atribuição de várias distinções, e, mais tarde, a nível global, sobretudo com a atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 1966. Nos últimos anos de vida, a produção poética de Nelly Sachs diminui em quantidade, mas não em intensidade – sobretudo nos quatro ciclos Enigmas em Brasa [Glühende Rätsel] (1962-1966) – pois, com poemas mais concisos e numa linguagem mais hermética, é atingido um patamar diferente de violência. Tal como no primeiro volume desta obra completa, também aqui é incluída uma secção com cerca de 30 páginas de poemas inéditos deste período, bem como uma secção de comentários com pequenas introduções a cada ciclo de poemas.


Excerto

NA FUGA
que grande recepção
a caminho –

Embrulhados
no pano dos ventos
pés na oração da areia
que nunca pode dizer ámen
pois tem de ir
da barbatana à asa
e mais além –

A borboleta doente
breve sabe de novo do mar –

Esta pedra
com a inscrição da mosca
entregou-se-me na mão –

Em vez de Pátria
seguro as metamorfoses do mundo –

(pp. 73-74; tradução de Paulo Quintela)


Outras obras de Nelly Sachs

• Em português
     Poemas de Nelly Sachs. Antologia, versão portuguesa e introdução de Paulo Quintela. Lisboa: Portugália, 1967.

• Obras completas
     Nelly Sachs Werke – Band 1. Gedichte 1940-1950. Org. Matthias Weichelt [edição comentada em quatro volumes. Org. Aris Fioretos]. Berlin: Suhrkamp, 2010.
     Nelly Sachs Werke – Band 3: Szenische Dichtungen. Org. Aris Fioretos [edição comentada em quatro volumes]. Berlin: Suhrkamp, 2010.
     Nelly Sachs Werke – Band 4: Prosa und Übertragungen. Org. Aris Fioretos [edição comentada em quatro volumes]. Berlin: Suhrkamp, 2010.

• Correspondência
     Briefe der Nelly Sachs. Org. Ruth Dinesen e Helmut Müssener. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1984.
     Briefwechsel (com Paul Celan). Org. Barbara Wiedemann. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1993.
     Briefwechsel (com Hilde Domin). Org. e posfácio de Nikola Herweg und Christoph Willmitzer. Marbach am Neckar: Deutsche Schillergesellschaft, 2016.


Mais informações sobre Nelly Sachs aqui.