(em alemão, Unternehmen Barbarossa)

Nome de código para a invasão da União Soviética iniciada por Hitler em 22 de junho de 1941. O rápido avanço inicial dos exércitos nazis foi desde logo acompanhado por atos de violência indiscriminada contra a população civil – o objetivo declarado da “germanização” da parte europeia da União Soviética e o caráter de expansão colonial associado a este projeto serviam de fundamento a uma condução da guerra alheia a quaisquer regras. A população judaica, em particular, tornou-se alvo de um processo de extermínio sistemático, marcado por massacres de que o de Babi Yar, nas cercanias de Kiev, na Ucrânia, em 29 e 30 de setembro de 1941, com um número total de vítimas próximo de 34 000, ficou como exemplo paradigmático. Os executantes pertenciam, em geral, aos “grupos de intervenção” (Einsatzgruppen) das SS, com o apoio de corpos de polícia, mas também do exército. O mito de que a Wehrmacht teria permanecido essencialmente alheia aos crimes cometidos como parte da “Solução Final”, foi concludentemente refutado pela investigação desde os anos 90.

^{Referências
     Bartov, Omer (1986), The Eastern Front, 1941-45. German Troops and the Barbarisation of Warfare. New York: St. Martin’s Press.
     Hartmann, Christian (2022), Operação Barbarossa. A Guerra Alemã no Leste 1941-1945. Trad. António Sousa Ribeiro. [s.l.]: A Ferro e Aço, 2022.
     Heer, Hannes; Naumann, Klaus (orgs.) (1995), Vernichtungskrieg. Verbrechen der Wehrmacht 1941-1944. Hamburg: Hamburger Edition.
     Ingrao, Christian (2018), The Promise of the East: Nazi Hopes and Genocide, 1939-43. Medford, MA: Polity Press.
     Marx, Emanuel (2020), State Violence in Nazi Germany. from Kristallnacht to Barbarossa. New York: Routledge.}