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Auschwitz: Um Dia de Cada Vez

Autora: Esther Mucznik
Título: Auschwitz: Um Dia de Cada Vez
Local de publicação: Lisboa
Editora: A Esfera dos Livros
Ano de publicação: 2015
Número de páginas: 332
Palavras-chave: Auschwitz, campos de concentração, Resistência, Solução Final


Índice

Introdução
Nota ao Leitor

I – O universo concentracionário nazi
II – Auschwitz, epicentro da indústria de morte
III – As SS em Auschwitz: os homens e a máquina
IV – Quem eram os prisioneiros de Auschwitz
V – «A destruição pelo trabalho»
VI – Fome, esperança de vida e «muçulmanização»
VII – O «Canadá»: roubo e corrupção
VIII – As mulheres em Auschwitz. o inferno no feminino
IX – O «campo das famílias» de Birkenau e a estranha história do gueto de Theresienstadt
X – Stella Müller, uma menina salva por Oskar Shindler
XI – Vidas mutiladas: experiências médicas em Auschwitz
XII – Birkenau e a «Solução Final»: do muro da morte às câmaras de gás
XIII – Sonderkommando, os prisioneiros das cinzas
XIV – A (improvável) Resistência
XV – Sobreviver em Auschwitz
XVI – Sobreviver após o retorno
Epílogo – «Não nos esqueçam!»

Cronologia geral do complexo de Auschwitz
Glossário
Notas
Bibliografia
Nota Final


Sinopse

Centrado em Auschwitz, que se tornou o símbolo maior do Holocausto e dos crimes perpetrados pelos nazis, este livro começa com uma síntese da história dos campos de concentração, que vai da criação de Dachau, o primeiro Lager, aberto na periferia de Munique em março de 1933 para repressão de opositores políticos, até à criação sucessiva de novos campos, e alargamento/alteração de outros já existentes, para o extermínio em massa de todas as pessoas indesejadas pelo Reich. Ao longo dos capítulos seguintes, são abordados os mais diversos tópicos relativos ao funcionamento do complexo de campos de Auschwitz, entre os quais: a adaptação e ampliação de Auschwitz para centro de morte após a construção do campo de Birkenau; a atitude das SS, nomeadamente de Rudolf Höss, comandante do campo de Auschwitz; os diferentes tipos de prisioneiros, os trabalhos forçados e a desumanização; a chegada de mulheres a Auschwitz e as humilhações a que foram sujeitas; o “campo das famílias” com deportados de Theresienstadt; o programa de “eutanásia” e as experiências médicas atrozes; as câmaras de gás e os prisioneiros do Sonderkommando; ou ainda pequenos episódios de resistência. Os últimos capítulos falam do fenómeno complexo da sobrevivência, quer durante a permanência nos campos, quer no pós-guerra. O conjunto de abordagens sucintas dentro de cada um dos capítulos resulta numa visão multidimensional daquilo que foi Auschwitz e do legado negro que representa na História – um contributo importante para reflexão sobre Holocausto e para a importância de não o esquecer.


Excerto

“[De] todo o universo concentracionário nazi, é certamente Auschwitz que melhor espelha a política racial e os valores do Estado de Hitler e Himmler: foi aí que a dinâmica nazi de destruição humana atingiu o seu ponto culminante, aí também que o processo – concentração, extorsão, trabalho escravo e extermínio – foi, de longe, o mais «perfeito». [...]
Porquê um livro assim? Porque nem tudo ainda foi escrito, nem o será nunca. A História do Holocausto, como a de outros acontecimentos históricos, nunca é definitiva. Escrita no presente, ela altera constantemente a abordagem do passado. E apesar de todos os trágicos acontecimentos que se têm verificado nestes últimos setenta anos, o Holocausto continua a ser um acontecimento inédito na História humana: se nos quisermos compreender como pessoas e como europeus, o conhecimento desse momento negro do nosso século XX é indispensável.
     Como referiu Imre Kertész no seu discurso de atribuição do Prémio Nobel em 2002: «O problema de Auschwitz não é saber se devemos manter a sua memória ou metê-la numa gaveta da História. O verdadeiro problema de Auschwitz é a sua própria existência e, mesmo com a melhor vontade do mundo, ou com a pior, nada podemos fazer para mudar isso.»

(p. 13)


Outras obras de Esther Mucznik

     Para uma Ética do Cuidado. Uma Perspectiva Judaica. Lisboa: Terraço, 1999.
     Israel Ontem e Hoje (com Joshua Ruah). Algés: Difel, 2007.
     Dicionário do Judaísmo Português (coord. com Lúcia Liba Mucznik, José Alberto Rodrigues da Silva Tavim, Elvira de Azevedo Mea). Barcarena: Editorial Presença, 2009.
     Grácia Nasi. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2010.
     Portugueses no Holocausto. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2012.
     A Grande Epopeia dos Judeus no Século XX. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2017.
     Judeus Portugueses. Uma História de Luz e Sombra. Lisboa: Manuscrito, 2021.