Mein Kampf (A Minha Luta), o manifesto autobiográfico da autoria de Adolf Hitler que se tornaria o fundamental texto programático do nacional-socialismo, foi publicado em 1925, com um segundo volume a sair em 1926. Após a tomada do poder em 1933 o livro seria impresso e divulgado em muitos milhões de exemplares. O fracasso de Putsch de Munique de 8/9 de novembro de 1923 levara, em fevereiro de 1924 à condenação de Hitler a cinco anos de prisão por alta traição, dos quais não viria a cumprir sequer dois anos, já que foi libertado em 20 de dezembro de 1924. Foi na prisão que escreveu o livro que, organizado na forma de uma autobiografia pessoal, expõe as razões para o ódio aos judeus e para a crença de que os judeus constituem uma ameaça mortal para a Alemanha. A exposição obsessiva do ideário antissemita assume em A Minha Luta um tom claramente exterminacionista, pelo que a obra pode, justamente, ser considerada um “prelúdio do genocídio”.

^{Referências
     Koschorke, Albrecht; Erik Butler (2017), On Hitler’s Mein Kampf: The Poetics of National Socialism. Cambridge, Ma.: The MIT Press.
     Michalczyk, John J.; Bryant, Michael S.; Michalczyk, Susan A. (orgs.) (2022), Hitler’s ‘Mein Kampf’ and the Holocaust. A Prelude to Genocide. London: Bloomsbury Publishing.}