Heinrich Himmler (1900-1945) ascendeu rapidamente na hierarquia nazi após a tomada do poder em 1933, tendo chegado a responsável máximo das SS e da polícia alemã e a ministro do Interior do Reich. Em 1933, enquanto responsável pela polícia de Munique, promoveu a instalação do campo de concentração de Dachau. O papel relevante desempenhado na liquidação do chamado “Putsch de Röhm” (ou Noite das Facas Longas), em 30 de junho de 1934, traduziu-se no reforço do poder das SS, por si dirigidas, colocadas sob as ordens diretas de Hitler. No estertor do regime, em abril de 1945, fez algumas tentativas de negociação com os Aliados, o que lhe valeu a exclusão do Partido Nacional-Socialista e a demissão de todas as funções. Aprisionado pelas tropas britânicas, e após ter-se visto identificado, suicidou-se em 23 de maio de 1945.
Himmler desempenhou um papel fundamental na consolidação da máquina de poder nazi, nomeadamente, enquanto responsável pelas SS, concebidas como organização de elite racialmente “pura” com autoridade para agir à margem de qualquer lei ou regulamentação enquanto executante fiel da exclusiva “vontade do Führer”. Foi responsável máximo pela organização e execução do genocídio nazi.
Referências
Longerich, Peter (2016), Heinrich Himmler. Trad. Angelika Elisabeth Köhnke, Christine Röhrig e Gabriele Ella Elisabeth Lipkau. Adapt. Jorge Mourinha. Alfragide: Dom Quixote.
Wildt, Michael; Himmler, Katrin (orgs.) (2016), Heinrich Himmler. Correspondência. Trad. António Simões do Paço. Lisboa: Bertrand.